Desenvolvidas na década de 50, série de peças assinada por George Nelson teve inspiração curiosa e solução criativa
Texto adaptado – Herman Miller
Desenvolvidas na década de 50, as icônicas Nelson Bubble contam com uma qualidade delicada e flutuante, sejam penduradas no teto, montadas na parede, colocadas na mesa ou no chão.
Com design de George Nelson, o artista inspirou-se num conjunto de luminárias suspensas suecas revestidas em seda, as quais queria comprar para pôr em seu escritório, porém achou o preço impeditivo.
Sendo um designer criativo e cheio de recursos, ele se dedicou a encontrar uma maneira de criar a própria série de luminárias de forma mais eficiente. O fato curioso está onde Nelson encontrou a solução: em uma técnica desenvolvida pelo exército americano da época
Com pequenas atualizações nos insumos para aumentar sua durabilidade, o mesmo método é utilizado até hoje para a produção das Nelson Bubbles – que no Brasil, são distribuídas pela Novo Ambiente, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Curioso para conhecer os detalhes da história por trás dessa coleção clássica e atemporal? Confira como se deu o processo criativo de George Nelson para criar essas peças:
Uma história curiosa e criativa
Sendo um designer influente do modernismo nos meados do século XX nos Estados Unidos, George Nelson deparou-se com um conjunto de luminárias suspensas da Suécia e adorou toda a sua estética moderna, com exceção do custo extravagante.
“O design sueco contava com um revestimento em seda muito difícil de fazer; eles precisavam cortar canais e costurá-los numa armação de arame. Mas eu queria tanto uma”, escreveu Nelson em seu livro, On Design, publicado em 1979.
Procurando por alternativas para desenvolver essa peça, uma referência aparentemente sem relação logo o levou a uma ideia intuitiva. Recordava ele em seus escritos:
“Foi uma foto no New York Times algumas semanas antes mostrando os navios Liberty sendo colocados fora de serviço através do revestimento do convés com uma rede e, em seguida, a pulverização dela com um plástico que se entrelaçava sozinho”.
Nelson localizou o fabricante desse plástico resinoso utilizado pelo exército e o utilizou na fabricação das luminárias com formato de balão.
O primeiro protótipo da luminária foi projetado em questão de dois dias. O designer criou a armação esférica com anéis perfurados inseridos com fios de aço – uma estrutura que mantinha a sua forma sob tensão, exigia um mínimo de ferramentas e não tinha custos de soldagem.
Ela foi então pulverizada com o verniz resinoso para formar uma teia fibrosa, e uma camada final de plástico foi aplicada para criar uma pele suave e translúcida.
E, assim, Nelson havia adicionado instalações de iluminação ao seu crescente portfólio, apresentando uma luminária linda e atemporal aos seus consumidores, a preços razoáveis.
Quase 70 anos depois, a Herman Miller encontrou nos arquivos da George Nelson Foundation mais três desenhos que nunca haviam entrado em linha pela marca.
“O design é uma resposta às mudanças sociais.” – George Nelson
Já conhecia a série de luminárias Nelson Bubble? Comente aqui o que achou dessa história e qual modelo é o seu favorito. Aproveite para conferir outros artigos como este em nosso blog!