O arquiteto japonês Shigeru Ban foi, recentemente, nomeado o vencedor do Pritzker Architecture Prize, prêmio concedido pela Chicago’s Hyatt Foundation para o profissional que alcançar mais destaque por suas produções. Mas não pense que isso se resume à talento e domínio de técnicas. O nobel da arquitetura vai muito além disso.
Para ser indicado – e, sobretudo, premiado – com um Pritzker, é preciso ter mais do que talento. É preciso ter também sensibilidade e uma visão humanitária da arquitetura. Difícil? Talvez um pouco mais trabalhoso do que ser apenas um bom arquiteto, mas Shigeru conseguiu. Ele não é apenas um bom arquiteto.
Boa parte do trabalho do japonês é voltada para o desenvolvimento de projetos que beneficiem refugiados e vítimas de desastres naturais, dentro e fora de seu país. Ele diz que não vê diferença entre projetar um monumento icônico da arquitetura e uma estrutura emergencial para áreas em risco – para ele, tudo tem a mesma importância.
E, para melhorar a história, Shigeru também desenvolve projetos utilizando materiais alternativos que tornam a construção significantemente mais barata. Ele se utiliza, por exemplo, de tubos de papelão e caixas de engradados de cerveja para erguer casas e abrigos para os necessitados.
Criatividade e know-how caminham juntos na atuação profissional do arquiteto. E uma boa dose de boa vontade, sem dúvida.
Merecida escolha!