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Uma descoberta em Malibu

Publicado em 9 de fevereiro de 2021

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Trecho de um conto, fruto do acaso, sobre as origens do design, estrelado por um par de Cadeiras Coconut vintage, com a participação especial de um influente modernista da Califórnia.

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Texto original escrito por Brent Lewis – Design Miami / Apresentação: Amy Auscherman – Herman Miller

A Cadeira Coconut de George Nelson apresenta um design curioso, quase como o início de uma dobra de origami. A história é que Nelson – ou talvez George Mulhauser, que trabalhou no escritório de Nelson e projetou a peça – relacionou sua forma a um pedaço de coco.

A cadeira conta com proporções generosas e é confortável, mas aparece menos do que outros designs icônicos de meados do século. De fato, é um dos poucos designs de cadeiras que surgiram do escritório de Nelson, por mais prolíficos que fossem.

O trabalho de design da Cadeira Coconut foi concluído em 1955 e entrou em produção na Herman Miller no ano seguinte. Além de ter sido uma época de avanços para os assentos para lounge, também deve ter sido um ano emocionante nos escritórios da Herman Miller.

Foi na mesma época que eles começaram a produção da icônica Lounge Chair e otoman 670/671 de Charles e Ray Eames, sem esquecer do sofá Marshmallow Nelson, que também fez sua estreia em 1956.

Foto 01 2 300x225Departamento de estofados da Herman Miller, Zeeland, Michigan, 1956.

Uma dupla e tanto

A Cadeira Coconut que também poderia vir acompanhada de uma otoman foi vista em muitos conjuntos harmoniosos ao longo dos anos. Mas ela é uma cadeira que não leva a responsabilidade de ser apenas uma.

Ver uma Lounge Chair Eames sem uma otoman, por exemplo, parece quase anormal, ao mesmo tempo tão vulnerável e nua. Isso não ocorre com a Coconut, que fica orgulhosa e bastante confortável sozinha.

Ainda vale a pena considerar que, em se tratando de cadeiras, poucas são tão simples quanto a Coconut. Ela realmente tem a aparência de um gesto fluido, que além da angularidade das bordas e pernas do assento, confere um visual geral bastante elegante à peça.

Se você estudar sua forma como se fosse uma escultura, verá como ela apresenta um equilíbrio. À medida que se dá a volta na cadeira, ela se move com você, sempre exibindo suas formas curvilíneas flexíveis, enquanto confunde a qualidade orgânica com um rigor geométrico. É realmente uma cadeira perfeita.

Foto 03 2 300x195Um par de Lounge Chairs Coconut Nelson da Hunt House de Craig Ellwood. Foto © Heritage Auctions.

Uma peça rara

Criada em meados da década de 50, há muitas coisas que os especialistas podem fazer para avaliar a autenticidade e a data de algo que esteve em produção há muitas décadas.

A proveniência em si e as histórias pessoais dos proprietários ou famílias, que são interessantes e sempre significativas por fornecerem contexto e cor. E, claro, existe o próprio objeto, com rótulos, marcações, métodos de construção e pátina. Mas nada substitui a documentação pura.

Nesse caso, um e-mail nos levaria a uma história ainda mais interessante. Na mensagem, havia um anexo. Era uma digitalização de um recibo de venda da década de 1950, que listava “2 cadeiras Coconut – $ 445”.

O comprador mencionado no topo foi Craig Ellwood, um dos maiores defensores da arquitetura contemporânea de meados do século na costa oeste dos Estados Unidos.

Assim, a fatura do produto nos levaria de volta a uma das casas modernas de um grande arquiteto contemporâneo. Isso também culminaria a uma nova sensação de descoberta quando as imagens das cadeiras em sua casa original fossem encontradas – a cereja do bolo.

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Fotografia promocional da Herman Miller, 1956.

Curioso para saber o desfecho dessa história? Então não perca a segunda parte dessa série, na qual o leiloeiro Brent Lewis conta como descobriu a existência de um valioso conjunto de mobiliário original da casa do renomado arquiteto modernista Craig Ellwood. Fique ligado!

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