E levou os dois para co-habitarem em um só lar doce lar: o do próprio Cary. Porque para o artista americano, idealizador dessa união, a diferença de idade – e de estilos – não importa, o que importa é a que a relação reflita a personalidade de cada parte. Partindo desses conceitos, o polêmico artista plástico transformou a sua casa em uma verdadeira galeria de arte contemporânea, com direito à toda a excentricidade que tanto caracteriza os seus trabalhos.
No apartamento do Harlem convivem mobílias clássicas dos tempos de Louis XIV e peças do período vitoriano, com objetos de decoração de design psicodélico dos anos 70 e papéis de parede com estampa ótica. Uma verdadeira miscelânea de estilos! Dentre as obras de arte encontradas no local, muitos trabalhos de Andy Warhol, um dos grandes inspiradores do trabalho de Cary.
A extravagância do exagero no acúmulo de objetos e na ousadia das combinações pode causar estranheza em quem não admira a Pop Art em toda a sua potência. Mas pode ser um material e tanto para quem se interessa por ela.
Afinal, gosto não se discute. E arte é para os que têm o dom de dar asas à imaginação.