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Arquitetas, mães, mulheres e cheias de simpatia

Publicado em 14 de abril de 2014

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A ideia era ser uma entrevista comum, com perguntas e respostas. Mas a conversa fluiu tão bem e foi tão descontraída que virou mesmo um bate-papo super agradável e extremamente produtivo.

O fato é que, além de jovens e talentosas, as arquitetas Carolina Escada e Patricia Landau, sócias da Escala Arquitetura, são super simpáticas e disponíveis. Acabamos conhecendo mais sobre os projetos e a trajetória profissional das duas, mas também um pouco mais sobre a rotina de cada uma delas como mulheres, mães, esposas, empresárias, acompanhantes de obras, administradoras

Tudo começou na faculdade, mas somente em 2007, quando se formaram, nasceu a Escala Arquitetura. O escritório era a sala da casa da Patrícia. Depois, um pequeno espaço num canto de uma sala compartilhada. E hoje estão numa sala em Ipanema, com um escritório com 10 funcionários. Uma evolução admirável.

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Mas o sucesso de hoje não quer dizer que elas não tenham batalhado muito no passado. E foi exatamente essa confiança e determinação em contornar os obstáculos que levaram as meninas onde elas estão hoje. Basicamente, talento e coragem.

“No início é difícil. Você ainda não tem credibilidade no mercado e nem com os fornecedores. Ainda mais sendo duas meninas”, fala Carolina. Mas elas não desistiram. Começaram com pequenos projetos, reformas pra amigos, indicações de parentes, projetos de família – tudo pra ganhar experiência e espaço no mercado. E assim foi.

“No início, o que funciona mesmo é o boca a boca. Fizemos vários quartinhos e projetos pra pessoas conhecidas. Nessa época o nosso público era bastante jovem, com projetos pequenos e baixíssimo orçamento”, diz Carolina. Patrícia completa: “A gente costuma brincar que éramos um escritório especializado em pequenos espaços (elas riem). Só que esses clientes cresceram, casaram, e o perfil acabou mudando. Os projetos ficaram mais maduros e sofisticados, já que eles estavam com mais dinheiro pra investir. Eles foram crescendo junto com a gente, o que é bem legal”.

Depois de um longo caminho, hoje em dia não é qualquer projeto que passa pelo crivo da dupla. Além da análise do projeto em si, de saber se ele se encaixa no perfil do trabalho delas, elas também não gostam de ultrapassar um determinado limite de projetos já que terceirizar o serviço não está em pauta. Elas gostam de colocar as mãos em cada parte do processo, para que tudo seja do jeito delas – sem perder a identidade do cliente, é claro.

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Um dos pontos altos da carreira – até agora – foi a participação no Casa Cor de 2012. Não que elas não tenham outros tantos projetos de mais importância no portfólio, mas sim pela repercussão inesperada que causaram no evento. A participação foi quase que despretensiosa, mas o resultado impressionou muita gente. “A ideia partiu de: o que a gente está curtindo agora? Sem seguir uma tendência ou conceito específico, mas o que a gente estava admirando mesmo naquele momento”, fala Carolina.

“Foi muito legal esse processo! Resolvemos pegar tudo que a gente ama e fazer um ambiente totalmente com o nosso perfil. Por isso estavam lá a cadeira Charles Eames de pelinho de vaca, o sofá de couro “Less” da Novo Ambiente, as obras de Palatnik e por aí vai! No fundo a gente criou o nosso próprio estilo e fomos muito reconhecidas por isso”, descreve Patrícia. Tanto foram que receberam o prêmio do jornal O Globo na categoria “Melhor uso do design” pelo projeto. “Foi lindo e emocionante! Na hora da entrega do prêmio a apresentadora (Ana Cristina Reis, do Caderno Ela) descreveu o espaço todo e disse como amou cada coisa que estava ali”, conta Carolina, cheia de empolgação.

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Hoje, as parceiras trabalham tanto com projetos residenciais como corporativos, e dizem que cada um oferece uma experiência diferente, ambas muito enriquecedoras. “Tudo o que é residencial exige muito, afinal estamos mexendo na vida do cliente. Acaba virando uma relação pessoal incrível, já que as pessoas depositam muito em você. Temos que trabalhar, também, com psicologia, amizade e confiança”, explica Carolina. Já as reformas de ambientes comerciais envolvem outras questões. “Projetos de lojas, restaurantes e escritórios são muito delicados e demandam muita atenção e cuidado. Afinal, a arquitetura é muito importante no sucesso de uma loja, por exemplo. É uma responsabilidade muito grande!”, diz Patrícia.

Na hora de falar sobre o estilo que adotam, que traduz o trabalho delas, uma palavra é logo lançada na roda: liberdade. As meninas dizem que fogem da bíblia da arquitetura. Deixam a coisa fluir com naturalidade, espontaneidade. Afinal de contas, como dizem, casa é para você usar, então o estilo tem que ser o que reflete os desejos de quem vive ali.

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E quando perguntadas sobre quem as inspira, a resposta também está na ponta da língua: Carolina é super fã do trabalho de Charles e Ray Eeams e ficou encantada com o documentário que assistiu recentemente sobre a vida dos dois designers. “São pessoas que mudaram o mundo com a visão de design, arte e vida. É incrível!”, afirma. Já Patrícia diz que ama arquitetura modernista. “Acaba que os arquitetos atuais que eu gosto mais são paulistas, como o Marcio Kogan, que é super descolado, chique sem ser pretensioso, sofisticado sem ser metido à besta. Ele diz que a casa é a coxia do teatro! Incrível, né?”.

Quando perguntadas sobre a Novo Ambiente, a resposta não poderia ter sido melhor! “Tem a whishlist completa aqui! Acho que o Rio tem bem pouco dessa ideologia de peças de design, mas a Novo Ambiente consegue ter tudo de mais interessante e inovador desse meio. É uma loja que, além de tudo isso, deixa a gente super à vontade. E ainda tem uma mistura de produtos brasileiros bem legais, uma seleção incrível”, comenta Carolina.

E Patrícia complementa: “Eu gosto das parcerias que a marca busca, que não são convencionais. Por exemplo, a marca foi atrás do melhor sofá italiano, que você não encontra em nenhum lugar. Pode achar um parecido, mas o original não. Então você senta, conhece a história daquele sofá, que ele é feito com uma determinada tecnologia, que tem valores que vêm junto com o produto. Chegamos na loja e entendemos como ele é feito, a sua ergonomia, e que não vai ter outro igual. Quando você começa a entender que esse é o diferencial não vai mais querer comprar em outra loja!”.

As duas ainda concordam em outro ponto: “Nós, como arquitetas, temos total noção da diferença entre a cópia e o original. Cada detalhezinho faz toda a diferença!”, finalizam.

Essas meninas vão longe

 

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