O artista Tsibi Geva cobriu o pavilhão de Israel nesta Bienal de Veneza de 2015 em pneus velhos e encheu-o com uma mistura de objetos arquitetônicos e de uso doméstico com o objetivo de explorar ideias sobre o conceito de lar. Chamada de “Arqueologia do Presente”, a instalação usou mais de 1.000 pneus importados de Israel. Segundo Tsibi, a ideia é da composição é criar o conflito entre a sensação de proteção e, ao mesmo tempo, perigo, criada pela imagem dos pneus e dos objetos familiares.
Localizado no Giardini – os jardins no leste da cidade italiana que já sediaram a Bienal desde 1895 – o pavilhão foi originalmente projetado pelo arquiteto Zeev Rechter. A “Arqueologia do Presente” dá agora expressão a preocupação constante de Geva com elementos relacionados com a noção de “casa “- incluindo os mosaicos, janelas, persianas, treliças e blocos de cimento – elementos que existem como fragmentos do que já foi, ou poderiam mesmo constituir um projeto de lar. A ideia é que essa composição possa oferecer uma oportunidade de explorar essa noção de lar, pertencimento e fracionamento dentro de uma narrativa mais ampla de nacionalidade.
O trabalho de Geva é baseado em diferentes tipos de obstáculos, que sempre contêm lacunas e buracos por onde o olhar pode penetrar, mas o corpo não pode passar. Uma tradução da realidade da relação entre tantas nações no mundo atual.
A 56ª edição da Bienal de Arte de Veneza abriu em 9 de maio e vai até 22 de novembro.