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Desmembrando as sílabas e desvendando a Lattoog – parte 1

Publicado em 4 de dezembro de 2013

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Leonardo Lattavo e Pedro Moog carregam design no nome. Ou, melhor dizendo, o design é que carrega o nome deles. A dupla é fundadora da marca Lattoog, que mistura o sobrenome e as ideias criativas dos dois, e já se firmou como uma das mais inovadoras empresas genuinamente brasileiras de design de móveis.

Desde 2005, os produtos da Lattoog Design abrem, cada vez mais, caminhos para o mercado internacional, sem perder a essência carioca, brasileira. Em pouco tempo de existência, a empresa já conta com uma vasta gama de produtos, prêmios e muitas boas ideias.

 

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E nós da Novo Ambiente temos privilégio em dose dupla: além de ter os produtos da marca na nossa loja, também tivemos a alegria de conversar com os designers e saber, por eles mesmos, como foi a trajetória que trouxe os dois até aqui. Papo muito bom e super inspirador!

 

Como surgiu a paixão pela Arquitetura e pelo Design?

Leonardo: Viemos de famílias muito artísticas. O avô do Pedro era escritor, o pai dele é artista plástico, a mãe tem blog e escreve coisas maravilhosas, a minha mãe é estilista, meus tios trabalham com design também. A gente cresceu nesse ambiente, separadamente, e no momento em que a gente se conheceu, ainda jovens, esse interesse foi um catalisador da nossa amizade, que veio antes da empresa em si.
Qual o diferencial da Lattoog Design?

Pedro: Acho que num primeiro momento a gente tinha coisas muito referenciadas com a cidade. Num segundo momento a gente começou a explorar técnicas construtivas, principalmente com madeira, mais contemporâneas. Acho que essa combinação, de técnicas construtivas e a expressão da cidade do Rio de Janeiro, do Brasil, juntas, foram a fórmula que trouxe a gente até aqui.

Leonardo: Nesse viés de tentar expressar a cultura brasileira através dos nossos móveis, em 2008 começamos a criar uma peça que a gente chamou depois de série Viralata – que traz justamente a questão da miscigenação, do sincretismo brasileiro. Essa peça é a poltrona Pantosh, que é uma fusão de duas outras peças já existentes, de design clássico, modernista. Desde então, todo ano a gente cria uma peça dessa série Viralata. Isso também foi uma coisa que caracterizou bastante a gente.

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Vocês podem falar um pouco mais dessa primeira mistura?

Leonardo: A primeira mistura, que gerou a poltrona Pantosh, foi de uma cadeira do Panton, da década de 60, que inicialmente foi feita em fibra de vidro, com uma cadeira de madeira do Mackintosh, de 1903. Essa peça foi um sucesso imediato!

 

Como os elementos brasileiros são transmitidos nas criações da marca?

Leonardo: De diversas maneiras. Algumas peças são releituras dos calçadões de pedra portuguesa, a gente explorou muito as questões arquitetônicas da cidade, por exemplo, os gradis de ferro fundido, os gradis coloniais, os gradis mais contemporâneos, a arquitetura do subúrbio, e também, a questão da miscigenação, do sincretismo, do viralatismo, como a gente chama, que é uma coisa muito brasileira.

 

Além da cultura brasileira, quais são as outras fontes de inspiração para os móveis da Lattoog Design?

Leonardo: A nossa cabeça é uma cabeça de designer, cabeça criativa. Ela está 24 horas por dia antenada. Então a resposta é: qualquer coisa. As teclas adesivadas do teu computador, de repente, você olha, daqui a pouco olha para a nuvem do céu, olha pro cadarço do sapato do outro e daí dá uma química e você criou um negócio e não sabe nem de onde. É um modo de pensar, um modo de viver, um modo de agir.

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No Design vocês pensam em Funcionalidade ou Estética? Por quê?

Leonardo: Eu acho que é impossível pensarmos separadamente. É um processo de um vai e vem, então não existe uma regra. Uma coisa que a gente faz é o seguinte: a gente desenha um produto – uma cadeira. Olhamos a cadeira. Ela está confortável, mas está feinha… Temos que melhorar aqui… A gente vai até ela ficar bonita. Ou a gente faz um outro negócio e fala poxa, está maneiríssimo. Sentamos e está horrível, não dá… Se uma peça não está atendendo a sua função com primor, ela é feia; se uma peça atende sua função primordial com primor, mas se ela é esteticamente desagradável, ela não está atendendo sua função primordial com primor. (risos) Então é mais ou menos isso.

Créditos
Entrevista: Ana Élle
Texto e edição: Pedro Leite

 

Quer saber mais sobre a Lattoog? Acompanhe, então, a segunda parte da entrevista do Pedro e do Leonardo em breve aqui no nosso blog!

 

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